Seu acesso legal
à Cannabis Medicinal

O CBD e o THC são dois dos princípios ativos mais estudados da Cannabis sativa, nome científico da maconha. Ambos, podem ser usados de forma terapêutica (em conjunto ou isoladamente) no tratamento de diversas doenças, que variam de epilepsia severa à fibromialgia, dor crônica, autismo, Alzheimer, Parkinson, ansiedade, depressão, psoríase, doenças inflamatórias intestinais, redução dos eventos colaterais de quimioterápicos, redução de danos associados a vícios (sejam eles de opióides, álcool, tabaco e outras substâncias), entre tantas outras. São substâncias conhecidas como fitocanabinoides, ou seja, canabinoides derivados de uma planta, e que são capazes de interagir com os receptores do nosso sistema endocanabinoide, amplamente distribuídos em nosso organismo. Dessa forma, possuem o potencial de restabelecer o papel homeostático do nosso sistema endocanabinoide

Não existe um perfil definido, nem restrição quanto a faixa etária, gênero ou etnia, para o consumo do CBD ou THC. O paciente que tiver indicação médica e que está buscando uma alternativa terapêutica, com poucos efeitos colaterais e que busca melhorar a qualidade de vida, poderá realizar o consumo.

Todos os pacientes que possuem indicações clínicas, como as mencionadas acima, e que desejam fazer uso de uma terapia segura e com poucos efeitos colaterais.

Há, também, um outro grupo de pessoas que se beneficiam do uso terapêutico da Cannabis: os familiares e cuidadores. Há estudos demonstrando que a Cannabis pode proporcionar qualidade de vida não apenas para o paciente, mas também para seus familiares e cuidadores tanto por verem os pacientes melhorando, quanto pelo fato da terapia manejar sintomas do paciente que impactam diretamente na qualidade de vida dos familiares e cuidadores, como é o caso de agressividade, agitação, insônia (principalmente quando estamos falando de crianças autistas que podem passar dias sem dormir e necessitam de supervisão). Sem mencionar o fato de que, muitas vezes, os pacientes (re)ganham autonomia em suas atividades diárias, algo que tem grande impacto na carga emocional e nos custos associados aos seus cuidados.

Na maioria das vezes há um ou mais dos fatores a seguir envolvidos:

I) Falta de conhecimento. Seja este relacionado com as propriedades terapêuticas da Cannabis, ou seja esse relacionado com os aspectos legais da prescrição de Cannabis, a falta de conhecimento é um fator determinante nesse processo.
II) Preconceito. Diretamente relacionado com o item anterior, porém, em alguns casos, nem mesmo quando apresentadas revisões sistemáticas e meta-análises favoráveis ao uso terapêutico da Cannabis esses médicos mudam de opinião.
III) Insegurança. Embora o médico tenha se convencido de que prescrever Cannabis é legal e baseada em estudos clínicos, pode haver, em muitos casos, insegurança sobre dosagem e manejo terapêutico. Principalmente porque a terapia canabinoide foge aos moldes convencionais da alopatia.
IV) Acessibilidade. Em alguns casos, os médicos se vêem inviabilizados de prescrever, principalmente os óleos importados, por uma questão de incompatibilidade com a renda de seus pacientes.

Além de ser uma terapia que vem se mostrando eficaz para uma série de condições, o tratamento com Cannabis é extremamente seguro (não há registros de overdose em seu consumo), com efeitos colaterais manejáveis e de gravidade inferior ao da maioria dos alopáticos (como sonolência e alteração na consistência das fezes, por exemplo). Fora isso, é uma terapia livre de compostos sintéticos, e que trata nosso organismo como um todo, promovendo a homeostase de diversos tecidos.